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Mexer com os mais fracos é covardia, afirma bancada do PT

O governador Eduardo Leite já elegeu o alvo para pagar as contas da sua incompetência: os professores estaduais. O andar de baixo na pirâmide salarial será o mais atingido pelo pacote. Ao promover o maior congelamento salarial da história o governo Leite ameaça o futuro da escola pública.

A avaliação é da Bancada do PT na Assembleia Legislativa do RS. Entre as diversas alterações propostas, o governo acaba com as gratificações de tempo de serviço, achata os níveis de promoção e praticamente transforma o piso do magistério em teto ao final da carreira. Hoje, a diferença entre o piso e o último nível da carreira é de 4,5 salários. Com o pacote, um professor no topo da carreira, com doutorado, vai receber somente 1,5 salário.

Por outro lado, o governo não apresenta nenhuma medida que afete os altos salários e os privilégios. “O pacote do governo usa o que tem de mais comum e covarde na política: atacar direito de quem ganha menos, sem mexer com os grandes”, resume o líder da bancada, deputado Luiz Fernando Mainardi. Para ele, o governo transfere para a educação pública a conta da sua falta de iniciativa em promover o desenvolvimento do RS e em buscar ampliar as receitas do estado.

Para a bancada do PT, a sociedade deve reagir enquanto pode. Sem professores, não tem escola pública. Vai faltar cada vez mais professores em sala de aula, porque o pacote do governo acaba com a carreira do magistério e estabelece que, ao final de uma vida de trabalho, os professores vão se aposentar com 70% dos seus vencimentos. Além disso, 140 mil aposentados e aposentadas que não pagavam contribuição para o INSS começam, com as medidas de Leite, a pagar 14% para a previdência – pessoas com média salarial de R$ 3 mil.