Escolha uma Página

Edegar Pretto participa de ato contra a fome

O deputado e pré-candidato a governador Edegar Pretto participou nesta quarta-feira (15), no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa, do ato de lançamento do movimento Rio Grande contra a Fome. A iniciativa tem a coordenação do Legislativo e a parceria dos demais poderes gaúchos, visando estimular a destinação de alimentos para a Central de Doações do RS, coordenada pela Defesa Civil. A iniciativa objetiva, também, fortalecer e ampliar o enfrentamento à fome e à pobreza extrema no estado a partir da estruturação de ações conjuntas com diferentes instituições e empresas interessadas em colaborar.

Na oportunidade, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Contas do Estado assinaram um termo de cooperação para a divulgação e implementação do movimento. Uma ação coletiva que visa sensibilizar a sociedade gaúcha para o combate à fome e à miséria.

Hoje, no Brasil, mais de 33 milhões de pessoas estão em situação de vulnerabilidade extrema, ou seja, passam fome. O número é quase o dobro de 2020, quando 19,1 milhões de pessoas estavam em situação grave de insegurança alimentar, o que significa que mais de 14 milhões de brasileiros passaram a conviver com a fome no dia a dia.

Os dados da pesquisa II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN) mostram, ainda, que mais da metade da população (58,7%) está em situação de insegurança alimentar – quando uma pessoa não tem acesso regular e permanente a alimentos. São 125 milhões de brasileiros que vivem preocupados com a possibilidade de não ter alimento no futuro ou que apresentam algum grau de insegurança alimentar.

A pesquisa também aponta que a fome e a miséria têm gênero e cor. Entre as casas comandadas por pessoas negras, 65% convivem com restrições de alimentos, assim como 63% dos lares chefiados por mulheres se encontram na mesma situação. Para Edegar Pretto, é dever do Estado garantir que “nenhuma mãe durma preocupada se terá comida para os seus filhos no dia seguinte. A fome, em pouco mais de um ano, dobrou em nosso país e as principais vítimas são as crianças e as mulheres”.

A coordenadora-executiva do movimento Rio Grande contra a Fome, Paola Carvalho, disse que a cada cinco lares gaúchos, um está em situação de fome. Ela lembrou a importância de articular e integrar as diversas ações de combate à fome que existem no estado, como as cozinhas comunitárias e bancos de alimentos públicos e privados. Também destacou a importância de envolver as câmaras de vereadores para levar as ações do movimento para todo o estado. As entidades, empresas e órgãos que aderirem à ação também receberão o selo “RS contra a Fome”, apontou a coordenadora.

O presidente da Assembleia gaúcha, deputado Valdeci Oliveira, afirmou que o movimento Rio Grande contra a Fome tem “por objetivo principal sensibilizar e dar visibilidade ao tema da insegurança alimentar. Não queremos inventar a roda, mas fortalecer a roda da solidariedade”, disse. E destacou que o Legislativo gaúcho seguirá lutando por políticas públicas e projetos que reforcem o combate à fome e que, cada vez mais, o tema precisa ser inserido nos orçamentos públicos. Por fim, agradeceu a primeira doação ao movimento Rio Grande contra a Fome por parte de uma empresa localizada na Fronteira Oeste do estado. Foram doadas cinco toneladas de arroz. Os alimentos serão destinados à Defesa Civil estadual. 

 

Texto: Rafael Ely
Imagem: Rafa Stedile