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Edegar Pretto apresentou em debate e nas ruas de Lajeado sua plataforma de governo 

Candidato a governador da coligação Frente da Esperança (PT, PCdoB, PV, PSOL e Rede), Edegar Pretto esteve em Lajeado nesta quinta-feira (1º), cumprindo uma série de agendas. O primeiro compromisso foi no Teatro Univates, onde participou do debate promovido pelos grupos A Hora e Folha do Mate.

O primeiro questionamento foi feito pela organização da atividade, sobre os compromissos dos candidatos com os vales do Taquari e do Rio Pardo. Edegar comentou que, como deputado estadual, acompanhou recentemente a angústia de agricultores que, atingidos pela estiagem, viviam também problemas com o fornecimento de energia elétrica. “Alguns estavam três dias, outros por uma semana sem luz. Na oportunidade, acionamos o Ministério Público, bem como mobilizei uma comitiva da região que pressionou a concessionária a se comprometer com investimentos de R$ 430 milhões nos próximos anos. Quero ser governador para acompanhar esses investimentos e impedir que essa região, tão importante, viva novamente esse problema e também o desrespeito aos setores produtivos.”

Outro tema apontado pelo candidato foi o modelo de pedágio proposto pelo atual governo. “Precisamos debater melhor esse modelo de pedágio aqui do bloco dois. Se eu for governador, quero garantir essa discussão. O atual projeto é nocivo à população e ele foi planejado entre quatro paredes, para ser executado ao longo de 30 anos.”

Edegar lembrou também sobre a área do turismo, que, de acordo com ele, foi uma das mais impactadas pela pandemia. “Esse setor precisa ser fortalecido, pois ajuda a economia, gera empregos e oportunidades. Como deputado estadual, realizei várias audiências públicas na Assembleia Legislativa, chamando o governo de Eduardo Leite para assumir um compromisso e colocar a estrutura do Estado a serviço do setor, e ele não fez.”

Conforme Edegar, depois de muita pressão, Leite criou um programa de auxílio emergencial para setores, entre eles o turismo. “Infelizmente, depois do projeto aprovado, da lei sancionada, foi investido só 10% do orçamento reservado. Aqui tem o Cristo Protetor, tem também a Rota do Chimarrão, a Oktoberfest, o Enart. Eu quero colocar a estrutura do Estado e o Banrisul para financiar o desenvolvimento.”

Na rodada seguinte, Edegar foi questionado sobre o tema da educação, as prioridades e propostas. Ele enfatizou que Lula criou 18 novas universidades, bolsas como o Prouni, beneficiando mais de 250 mil gaúchos, e que os governos do PT prezam sempre pela qualidade do ensino. “Escolas com boa infraestrutura e profissionais valorizados são pontos importantes para a educação. A escola Castelinho, que é uma referência aqui para a região de Lajeado, está com graves problemas no telhado e há tempos não recebe investimentos. No RS, 83% das escolas não têm um pátio adequado e 14% delas estão com banheiros em situação degradante. Investir na educação, cuidar do ambiente escolar, é incentivar que as crianças estudem com prazer e, um dia, possam dar aos pais, o orgulho de ter o diploma do filho na parede de casa.”

Edegar também comentou sobre o regime de recuperação fiscal, o qual o Estado aderiu no governo Leite. Na opinião do petista, a adesão foi um péssimo negócio por congelar investimentos por dez anos e tornar o RS submisso à União. “Se quisermos contratar médicos, policiais militares, temos que pedir autorização para um Conselho Nacional, o que é um atraso. Nosso estado precisa crescer, as pessoas precisam de oportunidades, garantia de saúde, educação, segurança. Burocratizando e congelando investimentos, fica impossível. Acredito que com Lula um novo pacto federativo será pensado para que os estados possam voltar a investir e não fiquem submissos ao Governo Federal.”

Finalizando a participação no debate, Edegar Pretto falou sobre o setor da agricultura, citando que a região de Lajeado produz muito, mas enfrenta dificuldades na infraestrutura e no fornecimento de energia elétrica. “Nós precisamos de um novo programa, como foi feito lá atrás com o Luz para Todos, para levar energia de qualidade, temos que trabalhar para possibilitar que a internet chegue no campo, para digitalizar o agro e a agricultura familiar.”

O candidato também destacou a necessidade de organizar a produção de alimentos e defendeu que o governo do Estado volte a ser um cliente dos produtores, a partir da aquisição institucional, para contemplar, por exemplo, a merenda escolar. “Eu tenho um compromisso já afirmado. Onde houver necessidade, as crianças vão chegar na escola e tomar café da manhã. As que precisarem, em regiões vulneráveis, vão voltar para casa já com uma refeição feita, porque ninguém aprende de barriga vazia. Quero garantir aos nossos agricultores aqui dos vales: podem se organizar, produzir alimentos, porque, se eu for eleito governador, o Rio Grande do Sul vai ser o principal cliente nas compras institucionais. Ao lado de Lula, seremos o governo das oportunidades, pois nosso povo não quer esmola, quer trabalho, dignidade e comida na mesa.”

Outras agendas em Lajeado

Após o debate, Edegar gravou entrevista para a RBS TV e na sequência se reuniu com apoiadores e apoiadoras para fazer uma caminhada pelas principais ruas do centro. Edegar conversou com a população, entregou materiais de campanha e ouviu ideias e demandas da população para colocar em prática se eleito governador.