Escolha uma Página

Comunidades indígenas recebem cestas básicas na capital

Cerca de 400 indígenas das aldeias Kaingangs e Guaranis, da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, estão recebendo cestas básicas para não passarem fome no período de isolamento social com a pandemia de coronavírus.

As entregas começaram na terça-feira (14), na aldeia Fag Nhin, onde 160 pessoas receberam kits com com arroz, feijão, farinha, massa, azeite, ovos, detergente e água sanitária. As doações de alimentos seguem nos próximos dias, e as cestas básicas são entregues a partir de um cadastro único das famílias com necessidades. Somente em Porto Alegre  são 240 famílias indígenas em situação de vulnerabilidade, em aldeias Kaingang, Guarani e Charrua.

Ao todo, desde o início do isolamento já foram entregues quase 40 toneladas de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade social em Porto Alegre, Viamão e Canoas. As ações são realizadas num mutirão de entidades e apoiadores coordenados pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consea-RS). Participam da rede o Comitê Gaúcho de Emergência no Combate à Fome, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-RS) e o Instituto E Se Fosse Você? As cooperativas de assentados da reforma agrária ligadas ao MST doaram 12 toneladas de arroz orgânico para compor os kits.

Conforme o deputado Edegar Pretto (PT), uma das questões mais importantes neste período de pandemia e isolamento é a solidariedade. O mandato do deputado tem trabalhado em parceria com a rede de assistência. “Nós estamos inseridos numa corrente solidária aqui no Rio Grande do Sul. As famílias em situação vulnerável precisam ficar em casa, mas não podem passar fome”, destaca o deputado.

Desde o início do isolamento, o conjunto da rede de assistência já entregou quase 40 toneladas de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade em Porto Alegre, Viamão e Canoas.

Conforme o presidente do Consea, Juliano de Sá, neste momento as ações estão concentradas nas periferias da capital e região Metropolitana. Ele sugere que em todo o estado sejam criados ou reforçados os comitês locais para combate à fome. “As iniciativas de solidariedade dos diversos setores estão fazendo a diferença para amenizar os impactos do coronavírus. A criação de novos comitês locais, nos municípios, bairros e vilas serão fundamentais para aumentarmos a nossa rede de apoio às populações  que mais necessitam”.

Além das ações de arrecadação e entrega de alimentos, o deputado Edegar Pretto formalizou pedido para que o Governo do Estado faça compras institucionais de produtos da agricultura familiar e de assentamentos, pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A proposta é que os produtos adquiridos façam parte das cestas básicas que estão sendo entregues pelos órgãos do governo às famílias que estão passando fome.