“Voltamos a respirar ares progressistas por aqui”, afirma Edegar em entrevista para a TV 247
Edegar Pretto, deputado estadual que concorreu ao governo do Estado do Rio Grande do Sul no primeiro turno, concedeu entrevista nesta segunda (17) aos jornalistas Gustavo Conde e Dhayane Santos, da TV 247. O foco inicial da conversa foi o fortalecimento do Partido dos Trabalhadores no RS através da participação de Edegar no pleito. “Esta foi a primeira eleição para o Executivo que eu participei, e fiquei honrado com a confiança dos gaúchos e gaúchas em apoiar meu nome. Saímos vitoriosos de alguma maneira, pois aqui no estado o Lula recebeu aproximadamente 49% dos votos. Desta forma, voltamos a respirar ares progressistas por aqui também, e isso se deve muito aos nossos militantes, ao povo que se empenhou muito nesta caminhada e também à organização da nossa campanha”.
Sobre o cenário para o segundo turno presidencial, Edegar entende que as respostas positivas serão dadas nas urnas dia 30 de outubro. De acordo com ele, a partir do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, importantes políticas públicas foram desmontadas e agora, com a incapacidade do governo Bolsonaro, a fome voltou ao país, sendo que no RS, mais de 1,5 milhão de pessoas passam fome e a quase metade da população está endividada. “Estamos focados na eleição de Lula para reverter essa situação. Para devolver a dignidade às pessoas. Para que as famílias tenham alimento na mesa e não precisem parcelar o rancho como estão fazendo. Para que o acesso às universidades se torne outra vez natural entre jovens e adultos, e que o salário mínimo volte a ser valorizado para dar mais poder de compra para as pessoas e, naturalmente, fazer a economia crescer”.
Segundo Edegar, o PT e os demais partidos que apoiam Lula estão empenhados em reforçar a mobilização máxima nas ruas e nas redes para dar visibilidade à candidatura, combater fake news e estimular as manifestações de apoio. “Recentemente fiz alguns roteiros pelo interior do RS e partidos importantes estão aderindo à campanha de Lula. Além disso, estamos todos muito atentos ao fato de que bolsonaristas espalham indiscriminadamente Fake News. Todos os dias precisamos desfazer mentiras absurdas. Estamos trabalhando voto a voto, por isso a importância que cada um assuma para si a tarefa de mobilizar amigos, colegas, vizinhos e familiares, na luta pelo melhor para o país”.
Cenário estadual
Questionado pelos jornalistas sobre o segundo turno estadual, Edegar afirmou que após o primeiro turno, Eduardo Leite ligou para ele, parabenizando pelo resultado do pleito e afirmando que o apoio de Edegar seria fundamental no segundo turno. “Afirmei a ele que nosso apoio dependeria da contrapartida dele para com Lula. Ele afirmou que optaria pela neutralidade, desta forma, nossa direção partidária tirou uma resolução de ‘nenhum voto no Onix’ para combater o bolsonarismo. E esperamos que Eduardo Leite se junte a nós para combater o fascismo e para que o RS volte a ter conexões com o Governo Federal. Ele precisa se posicionar e entender que não somos uma ilha”.
Ainda, conforme Edegar, “muitos companheiros” já declaram apoio a Eduardo Leite, no entanto, ele só sinaliza o voto em Leite, se o candidato fizer o mesmo com Lula. “Temos programas de trabalho distintos e sei que ele não vai mudar a pauta por nossa causa, mas o apoio dele para Lula é fundamental para que eu possa tomar alguma decisão. Quero um motivo para votar no Eduardo Leite”.
Sobre Onyx Lorenzoni, Edegar critica os posicionamentos do candidato, especialmente a postura machista, homofóbica e preconceituosa, além da passividade dele como ministro, quando o Rio Grande do Sul passou por muitas dificuldades, principalmente no período da pandemia. “Onyx passou por cinco ministérios, e ele não ajudou em nada o Rio Grande do Sul em momentos como a estiagem, por exemplo. Eu liderei uma missão oficial para Brasília na época, com representação de dez partidos. Passamos por cinco ministérios, e eu não vi a presença de Onyx em nenhum momento”.
Edegar relembra ainda que Onyx foi ministro da Cidadania e nada fez para impedir a volta da fome no país, bem como quando ele foi ministro do Trabalho e nada fez para defender o emprego das pessoas. “Isso já comprova a incapacidade de Onyx ser governador”, finaliza.