Temática do trabalho reúne propostas para plano de governo de Edegar e Ruas
Trabalho, emprego, solidariedade e oportunidades foram os temas abordados nesta quinta-feira, 18, na assembleia temática híbrida, realizada a partir do auditório do comitê de campanha, na Cidade Baixa. Alternando falas do auditório e da sala virtual, o encontro compôs um verdadeiro mosaico de propostas das mais diferentes áreas de atuação com o foco na geração e valorização do trabalho.
Presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Guiomar Vidor defendeu a importância de uma política de valorização do salário mínimo regional. “Estes salários são gastos aqui e são eles que fazem a roda da economia girar nos municípios”, destacou. Diretora da CUT/RS e coordenadora da Fetraf, Cleonice Back ressaltou a necessidade de priorizar as micro e pequenas empresas, que fazem a diferença nos municípios de menor porte. Ela também criticou a produção voltada à exportação primária, lembrando que “a exportação de gado vivo, de soja e de milho, ao invés dos derivados, é uma escolha pela eliminação de empregos”.
A professora e especialista em Educação Profissional, Carla Jardim identificou que a pauta da assembleia temática tem relação direta com propostas como os arranjos locais, a economia solidária e mais especificamente com o eixo 5 do plano de governo, que trata das políticas públicas como a educação. “A participação de empresas e entidades é importante, mas o protagonismo tem que ser do Poder Público, em articulação com os Institutos Federais, a rede estadual e as redes municipais de educação”, apontou. “Precisamos aplicar a lição do presidente Lula: educação é investimento e não gasto”.
O economista e professor universitário, Sérgio Kapron dialogou sobre o papel dos arranjos produtivos locais no desenvolvimento do Estado. “Falar nos arranjos locais é pensar em suporte técnico e tecnológico e na promoção de uma maior articulação dos setores em cada região”, disse. Para Kapron, é preciso ter em mente que ao incentivar os arranjos locais “estamos agindo para regiões específicas, dialogando com pequenas e médias empresas, com instituições, com trabalhadores formais e informais”.
Coordenadora da Cooperativa de Costureiras Univens, Nelsa Nespolo afirmou que o cooperativismo aprendeu muito com a pandemia, em especial sobre a relevância das redes de consumo e dos espaços de comercialização. “O Estado tem papel fundamental, criando e promovendo feiras permanentes, com infraestrutura, destinadas à agroecologia, à agricultura familiar, ao artesanato e à economia solidária”, defendeu. Representando a Organização Guayí, Helena Bonumá apontou que a economia solidária precisa ser contemplada nos diferentes projetos e programas do Estado. “Programas de construção de moradia, de reciclagem, por exemplo, precisam ser pensados nesta perspectiva de agregar valor com sustentabilidade ambiental”, argumentou. “A economia solidária é muito diversa e o governo precisa identificar esse potencial econômico que é parceiro do processo de reconstrução do Estado”, finalizou Bonumá.
Por fim, o presidente da RedeCoop, Charles Lima, que também coordena a Setorial de Economia Solidária do PT/RS, apresentou as contribuições da setorial para o eixo do Trabalho, com ênfase no fortalecimento do Sistema Estadual de Economia Solidária.
Você também pode enviar propostas para o eixo Trabalho, Emprego, Solidariedade e Oportunidades através da plataforma de participação popular Decidim Povo, neste link: https://edegarpretto.com.br/