Inadimplência atinge mais de 40% das famílias em Porto Alegre
O percentual de famílias com contas em atraso quase dobrou em Porto Alegre em um ano. A taxa dos inadimplentes passou de 20,8% em junho de 2021 para 40,3% em junho de 2022 – números que têm aumentado mensalmente. Os dados são da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).
O aumento da inflação afeta a renda e as contas das famílias. Outro fator é a elevação dos juros. Taxas mais elevadas aceleram o aumento do valor das contas em atraso, dificultando ainda mais o pagamento de dívidas.
Edegar Pretto, pré-candidato a governador do RS, aponta que as famílias estão parcelando e se endividando para comprar comida. Para Edegar, os governos federal e estadual deveriam ampliar e fortalecer programas voltados à agricultura familiar, incentivando a produção de alimentos e gerando renda no campo.
Para a economista da Fecomércio, Giovana Menegotto, “principalmente por conta da inflação, o orçamento das famílias vai ficando mês a mês mais corroído e essas dívidas, muitas vezes, não cabem no orçamento”.
A pesquisa revela, ainda, que a inadimplência afeta 49% das famílias com renda inferior a 10 salários mínimos. Já nos lares com renda superior a 10 salários mínimos, esse percentual é de 6,5%. Quanto menor a renda disponível das famílias, maior a dificuldade para colocar as contas em dia.
Para Edegar Pretto, também é papel do Estado fomentar e buscar a geração de oportunidades de trabalho e renda para a população, no campo e nas cidades. “As pessoas não querem favor, mas sim oportunidades”.
Com informações do jornal Zero Hora