Edegar Pretto vai criar programa de financiamento com juro subsidiado para ajudar pequenos negócios
Edegar Pretto participou de mais um debate de ideias com candidatos ao governo gaúcho nesta quinta-feira (1º), desta vez, promovido pela RDC TV no auditório da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Diante da presença de uma plateia, o líder petista expôs suas propostas para setores como a saúde e a economia, bem como para o enfrentamento da violência contra as mulheres.
Inicialmente, Edegar disse que representa, “com muito orgulho”, a Frente da Esperança, coligação que reúne cinco partidos (PT, PCdoB, PV, PSOL e Rede) e que também é a base do palanque de Lula no RS. “Nós temos as melhores condições de estabelecer um novo pacto federativo, uma nova conexão do nosso estado com a União, para voltarmos à era do pleno emprego e acabar de novo com a fome, a desesperança e a desilusão do nosso povo.”
Sobre a economia, o candidato destacou que os pequenos negócios são responsáveis por 60% dos empregos gerados no RS e que, infelizmente, acumularam prejuízos pela falta de atenção do poder público durante a pandemia. “Enquanto Bolsonaro pregava o ódio, brigava com todo mundo e negava a ciência, nós tínhamos um governador encastelado no Palácio Piratini, pintando mapa, naquela falsa briga de fecha e abre. Os setores produtivos ficaram abandonados à própria sorte. Em um ano, 25% das microempresas fecharam suas portas, acabando com meio milhão de empregos. Infelizmente, o governo, do governador que renunciou [Eduardo Leite] ao seu mandato, nada fez por esse setor.”
Em contrapartida, se eleito, o candidato contou que vai constituir um programa de financiamento com juro subsidiado aos MEIs, trabalhadores informais, pequenas, micro e médias empresas, criando o fundo de aval garantidor. “Mesmo aquele pequeno comércio que esteja no negativo, que esteja devendo, vai poder fazer uso desse crédito, tendo o Estado como avalista do financiamento. Vamos colocar a estrutura pública a serviço do desenvolvimento para gerar empregos e oportunidades, além de cuidar desse setor que é tão importante para a nossa economia. Vamos aumentar a arrecadação para poder cuidar bem das pessoas e ter um serviço de mais qualidade na saúde, na educação, na segurança.”
O petista ressaltou que preza sempre pela defesa da vida, em especial das mulheres vítimas de violência. Ele lamentou que no governo de Jair Bolsonaro os índices de violência aumentaram muito no país. Só no RS, a alta de feminicídios foi de 25% no período da pandemia. “Meu mandato se mobilizou, junto com o Comitê Gaúcho do Movimento Eles Por Elas, que coordenei, por ações preventivas e que apoiavam as vítimas no momento da denúncia. Criamos a campanha ‘Máscara Roxa’ e cadastramos 1500 farmácias como ponto de apoio às mulheres. Ao chegar no estabelecimento, elas pediam uma máscara roxa como forma discreta de denúncia. Desta forma, o atendente, já orientado, coletava informações básicas da mulher e encaminhava a denúncia aos órgãos responsáveis. No meu governo, vamos intensificar esses modelos de campanha, bem como teremos novamente a Secretaria de Políticas para as Mulheres.”
Outra pauta trazida por Edegar no debate foi a da saúde. Ele lembrou que o governo Tarso Genro colocou 12% do orçamento à disposição do setor e que o presidente Lula criou a farmácia popular e destinou recursos da União para ampliações e melhorias em hospitais. O candidato afirmou que, se eleito governador, a pasta da saúde terá como missão imediata fazer o levantamento de quais hospitais e regiões estão em situação mais crítica, necessitando com mais urgência da atenção do Estado. “Esse trabalho nos possibilitará ser mais assertivos e precisos na execução de recursos. Acredito que, deste modo, diminuiremos as filas e agilizaremos consultas e exames. Prefeitos e profissionais de saúde serão parceiros nesse projeto.”
Encerrando a sua participação, Edegar reafirmou ser o candidato do Lula no RS e lamentou que Leite e Onyx Lorenzoni, “que têm projetos parecidos ao de Bolsonaro”, não tenham participado do programa. “Eles precisam explicar ao povo trabalhador porque permitiram que a fome voltasse.” Edegar acrescentou que o RS tem uma das cestas básicas mais caras do país e o churrasco, prato tradicional do estado, se tornou artigo de luxo. “Iremos, ao lado de Pedro Ruas, Olívio Dutra e Lula, reverter essa situação. Queremos que as pessoas possam encher os carrinhos no supermercado, que a produção de alimento cresça e, com isso, o valor diminua na gôndola. Trabalharemos incansavelmente para combater as desigualdades. Voltaremos a ter um estado forte, com saúde, educação, segurança pública e cuidados às pessoas. É palavra de gaúcho”.