Edegar Pretto propõe a criação do Conselho das Cidades, em evento da Famurs
Pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Governo do Rio Grande do Sul, o deputado Edegar Pretto defendeu a criação do Conselho das Cidades, a fim de debater com gestores e a população políticas que atendam as necessidades dos municípios gaúchos. A manifestação sobre o assunto ocorreu nesta quinta-feira (24), durante painel da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) com os pré-candidatos a governador e representantes de partidos. O evento aconteceu em Torres, no Litoral Norte, reunindo prefeitos e lideranças de todo o estado.
“Se eu tiver a honra de ser governador, estabelecerei um diálogo franco e transparente com os prefeitos. Quero propor o Conselho das Cidades, para que todas as políticas que a gente for desenvolver primeiro sejam dialogadas com os homens e as mulheres que estão lá na ponta. As pessoas em situação de vulnerabilidade não vêm ao Palácio Piratini, mas sabem onde é a porta da prefeitura. Sabem onde mora a prefeita, o prefeito, e é lá que elas batem”, disse.
Em três momentos distintos, todos mediados pela jornalista Rosane de Oliveira, os pré-candidatos puderam apresentar suas ideias e debater propostas para o estado. O primeiro bloco foi destinado à apresentação, ocasião em que Edegar Pretto relatou sua trajetória profissional e política. Ele destacou que, em 2017, presidiu a Assembleia Legislativa e tem vasta compreensão das necessidades dos municípios por conhecer todo o RS.
“Eu respeito quem pensa o contrário do que eu penso, sei conviver com as diferenças. A minha caminhada é sem preconceito, sem ódio, sem rancor, porque o povo que precisa de políticas públicas não quer mais saber de briga. Ele quer saber de união, de uma reconstrução parelha, de desenvolvimento regional que dê conta das angústias daqueles que mais precisam”, ressaltou.
No segundo bloco, os pré-candidatos responderam a perguntas elaboradas por prefeitos e prefeitas. A distribuição foi feita por meio de sorteio. Pretto ficou com o tema da segurança pública, que sofre com a falta de policiais militares para atender os municípios. O deputado reforçou que essa é uma das principais demandas da sociedade gaúcha e que é preciso valorizar os trabalhadores da área.
“Nós estamos nos últimos anos com uma defasagem de mais de 2 mil homens e mulheres na segurança pública por razões diversas. Além de garantir um tratamento adequado para que os trabalhadores da segurança atuem com autoestima, sendo valorizados, recebendo seu salário em dia, nós precisamos fazer as suas reposições. Já estamos há sete anos sem reposição para a grande maioria dos servidores, entre eles os da segurança pública”, afirmou.
O deputado, que tem grande atuação no combate à violência de gênero, também defendeu a constituição de uma política pública para a proteção das mulheres. O objetivo é reduzir os casos de feminicídios, que têm aumentado no estado. “Foi no governo de Tarso Genro que nós tivemos a Patrulha Maria da Penha, com trabalhadores treinados para atender essa demanda que é especial. Temos que voltar a ter segurança pública levando em conta os efetivos, a estrutura e políticas diferenciadas necessárias”, apontou.
No terceiro e último bloco do painel, os pré-candidatos fizeram suas considerações finais. Pretto falou que está muito agradecido pelo carinho com que é recebido por prefeitos e prefeitas, independente de partido político, em roteiros pelo interior do estado. Anunciou que, a partir de abril, iniciará as assembleias populares, para discutir desenvolvimento regional e formular o seu plano de governo.
Pretto comentou que a sua boa relação com todo o estado fez com que, nas eleições de 2018, fizesse votos em 473 dos 497 municípios gaúchos, se tornando o deputado mais votado da história do PT na Assembleia Legislativa pela terceira vez consecutiva. Disse ainda que conhece as necessidades e angústias da população, que precisa de oportunidades como o acesso à saúde, à educação, ao emprego e à alimentação.
“Não podemos tolerar a fome. Nós vamos construir política pública para aqueles que mais precisam primeiramente, mas todos os setores produtivos serão tratados como parceiros do Estado. Vamos fazer investimentos necessários para que a economia possa reagir positivamente e gerar mais emprego e renda, para que o trabalhador tenha dinheiro no bolso”, argumentou.
Por Catiana de Medeiros
Foto: Brayan Martins