Edegar Pretto destaca políticas de desenvolvimento em entrevista para rádio Nova Ceres
O pré-candidato a governador do RS, Edegar Pretto, concedeu, nesta quarta-feira (20), entrevista ao programa Central de Notícias, da rádio Nova Ceres de Não-Me-Toque, apresentado por Felipe Keller. O desenvolvimento regional foi o tema central da entrevista.
Edegar destacou que tem participado de assembleias populares em todas as regiões do estado para ouvir as demandas locais, bem como, para debater temas voltados ao desenvolvimento regional. Ele afirmou que conhece o RS “de ponta a ponta” e que sabe de todas as dificuldades enfrentadas. “Mas também sei do potencial que cada região tem. Nós temos que colocar a estrutura do estado a serviço desse desenvolvimento. Um desenvolvimento parelho, que não deixe ninguém para trás”, disse Edegar.
Para Pretto, é dever do estado fomentar ações de geração de emprego e para isso é importante olhar com atenção para as pequenas, médias e grandes empresas, que são de extrema relevância para a economia do RS. Conforme Edegar, o segmento precisa ser encarado como um parceiro do estado. “Se colocarmos o aparato público para esse desenvolvimento, o estado também vai aumentar sua arrecadação e contribuir para a geração de postos de trabalho e renda”, apontou.
Segundo Edegar, não haverá reação positiva da economia se os setores responsáveis pela geração de emprego e desenvolvimento não tiverem apoio do estado. Como exemplo, lembrou do Banrisul como instrumento de fomento à economia gaúcha. “Se não temos hoje o Banrisul, que é um banco público e lucrativo, fomentando esse desenvolvimento e apoiando os setores que são importantes para nossa economia é porque não tem uma decisão política. Nós queremos colocar esse aparato público a serviço do desenvolvimento para gerar mais emprego”.
Outra medida, disse Edegar, é voltar a valorizar o salário mínimo nacional e, também, o salário mínimo regional. “O trabalhador com dinheiro no bolso vai comprar mais, vai consumir mais. Com mais renda, haverá mais consumo e maior demanda para a roda da economia girar”, aponta Edegar ao lembrar do ciclo de crescimento com distribuição de renda à época dos governos Lula e Dilma Rousseff. “Foi esse ciclo virtuoso que colocamos nas gestões do PT e que tornaram o Brasil a 6ª economia do mundo. Hoje, somos a 12ª e com perspectiva negativa”.
Edegar também enfatizou os governos do PT no RS. Lembrou que Olívio Dutra e Tarso Genro não venderam patrimônio público, não aumentaram impostos e fizeram pesados investimentos nos setores produtivos. Dessa forma, o Produto Interno Bruto (PIB) do RS subiu acima da média do PIB nacional naquele período.
Saúde e Educação
Edegar disse que a maioria da população não tem dinheiro para pagar plano de saúde e depende da saúde pública. “Não tem milagre. Para ter mais saúde precisamos ter mais orçamento. No governo do Tarso Genro foi a primeira vez que o estado aplicou 12% do orçamento em saúde”, destacou.
Em relação à educação, Edegar lembrou que muitas escolas estão sem estrutura adequada e que é preciso valorizar os profissionais do setor. Além de recursos para a recuperação de escolas, Edegar disse que vai investir também na alimentação escolar e que os alimentos serão comprados da agricultura familiar porque “de barriga vazia nenhuma criança aprende”.
Regime de Recuperação Fiscal
Questionado sobre o tema, Edegar criticou a adesão do governo gaúcho ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal. Para ele, trata-se de um péssimo negócio para o estado. Edegar afirma que a atual dívida do RS com a União é injusta e impagável. “A dívida era de R$ 9,5 bilhões em 1996, nós pagamos R$ 37 bilhões e ainda devemos R$ 73 bilhões. Essa conta não fecha e já foi paga”, enfatizou Edegar.
O pré-candidato também afirmou acreditar na eleição do ex-presidente Lula, ainda no primeiro turno, e que ele conhece as dificuldades do RS. “Nós queremos modificar esse quadro com muito diálogo, buscar uma nova relação com a União e faremos isso com Lula sendo presidente da República”.