Edegar Pretto cobra agenda de desenvolvimento para o Estado
O deputado Edegar Pretto (PT) utilizou um espaço de liderança para repercutir o fato do secretário Estadual do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigarai, ter deixado o governo do estado nesta terça-feira (6) para protocolar um conjunto de projetos de sua autoria. A crítica feita pelo deputado se deveu ao fato de que nenhuma das propostas protocoladas pelo secretário são afeta à pasta que ocupa e não visam o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul.
Edegar chegou a fazer uma crítica à intenção do deputado do PSL, publicada na imprensa nesta terça-feira, de propor que a Assembleia autorize os homens do RS portarem um revolver 38 como indumentária gaúcha. Contudo, Irigaray informou que a proposta inconstitucional será encaminhada ao governo federal.
De acordo com Edegar, que é coordenador da Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher, em sete anos, o RS perdeu 706 mulheres vítimas de feminicídio. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do RS em levantamento do Comitê Gaúcho ElesPorElas, da ONU Mulheres, coordenado pelo deputado Edegar. A maioria delas foi morta dentro de casa. “Não é de arma na cintura que nossos gaúchos precisam. Com todo o respeito não sou afeito a fazer demarcação com nenhum parlamentar, mas eu gostaria de ver um secretário de uma área tão importante entrando nas Assembleia acompanhado das federações dos empresários para propor uma agenda de desenvolvimento e para debater a preocupação com o desemprego, com as dezenas de empresas que estão fechando as portas. Mas o secretário deixa o governo para incentivar o armamento dos gaúchos.
Para o parlamentar, a proposta vai contra a política de desenvolvimento do turismo no estado, pois se for aprovada, os próprios turista de outros estados se sentirão ameaçados ao chegar ao acampamento Farroupilha e se depararem com homens de arma na cintura. “Para que arma na cinta de um gaúcho? Não há essa necessidade. Com todos o respeito, espero que essa matéria não tramite nesta casa, seja ela pela sua inconstitucionalidade, seja pelo mérito”, sustentou, defendendo que o secretário apresente sim propostas para o desenvolvimento econômico.