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Edegar Pretto cobra vacinação e aponta lei de 2011 para ajudar economia gaúcha 

Em pronunciamento na sessão virtual da Assembleia Legislativa, o deputado Edegar Pretto falou da sua preocupação com o andamento da vacinação no Rio Grande do Sul. Pretto se referiu a uma entrevista concedida pelo governador Eduardo Leite à imprensa, onde o chefe do Executivo mencionou estar aguardando ações do governo federal para o plano de vacinação no estado.

— Sei que há uma complexidade neste assunto, mas esperar do governo federal, da forma irresponsável como eles tratam a pandemia no país, é muito pouco. Precisamos, urgentemente, de alternativas. Sei também que as vacinas não aparecem de uma hora para outra, mas é importante que o governador faça uma ampla mobilização com demais poderes e governadores do nosso país para pressionar esse presidente da República irresponsável, que eu espero que a história o coloque no banco dos réus  — afirmou o deputado.

Além de soluções para a crise no setor da saúde, Edegar Pretto defendeu que o governo gaúcho olhe para a economia gaúcha. Ele relatou a situação de micro e pequenas empresas que estão fechando as portas em todo o Rio Grande do Sul. O deputado alertou que a situação é dramática, e conforme projeções de especialistas vai piorar com o aumento do desemprego e pessoas passando fome. Disse que mais de 800 mil empresas brasileiras fecharam suas portas, e 20% dos bares e restaurantes também, em nível nacional, com o RS inserido neste contexto.

Pretto taxou como paliativa a medida do governador para prorrogar por alguns dias o pagamento do ICMS por parte dos empresários gaúchos.

— Na minha opinião, essa prorrogação vai alterar muito pouco a realidade financeira que vivem esses empreendedores. Nós temos a Lei 13.838/2011, sancionada pelo governador Tarso Genro, que permite que o governo gaúcho subsidie juros de empréstimos pelo sistema bancário para empresas. Não precisa montar um projeto daqui um ou dois meses. É para agora. E se o governador quiser um programa financeiro para ajudar os estabelecimentos, tem que ser urgente — frisou.

Conforme o deputado, o governo do Estado poderia subsidiar até com juro zero e prazo de carência de um ou dois anos. O programa serviria como capital de giro para que as empresas não fechem as portas e o desemprego não aumente.

— Até agora não aconteceu nada disso, e também não há soluções aos problemas de cerca de 800 mil gaúchos e gaúchas que vivem em situação de vulnerabilidade sem o auxílio emergencial em nível nacional — lembrou o deputado ao destacar que a fome novamente bateu na casa da população mais pobre.

Edegar Pretto também citou o projeto da bancada do PT assinado pelo deputado Valdeci Oliveira, que propõe a criação de uma renda básica emergencial destinada às famílias vulneráveis. com três opções de valores a serem concedidos aos beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF):  elevação da renda de todas as famílias para R$ 100,00 por pessoa, na forma de complementação, por 8 meses;  R$ 200,00 por 4 meses ou ainda, um aporte especial para as mães-solo, elevar a renda das famílias inscritas no programa para R$100,00 por pessoa do núcleo familiar. Em se tratando de uma família chefiada por mulher, sem o companheiro, a complementação passa a ser de R$ 200,00 por pessoa pelo período de 4 meses. O projeto já foi apresentado ao governador gaúcho.

— Não cruze os braços governador Eduardo Leite. Precisamos de uma política emergencial de renda para as famílias que estão passando necessidade com o básico. Está faltando vacina, comida e até material de higiene. Neste momento grave da crise, nós precisamos de todo o aparato do Estado para salvar vidas e ajudar a economia. Ninguém ficará em isolamento, com distanciamento social, se falta o básico em casa — argumentou.

Pretto concluiu a fala cobrando mais ação do Estado, e lembrou que a bancada do PT sempre esteve à disposição e trabalhando na condição de apontar caminhos para essa grave crise que o estado enfrenta, desde antes da pandemia.