Edegar acompanha Lula em extensa agenda no RS
Na quarta-feira (01), Edegar acompanhou Lula em plenária com entidades de classe da educação e movimentos estudantis, em Porto Alegre. Profissionais da área da educação e estudantes apontaram problemas que assolam a educação brasileira, desde questões como financiamento público da educação, até o controle ideológico com o aumento do fascismo no país.
Lula lembrou que o atual governo federal não tem nenhuma preocupação com a “educação do povo pobre deste país”. Disse, também, ser muito mais barato fazer uma sala de aula do que uma cela de cadeia. “É muito mais barato fazer uma escola do que um presídio. Não tem uma experiência na história de alguém que conseguiu se desenvolver sem educação, sem ciência e tecnologia. É por isso que a educação não pode ser tratada como gasto. Estejam certos de uma coisa, a educação não tem preço, é a única possibilidade da gente resolver os problemas deste país”, afirmou.
Durante os governos Lula e Dilma, 536 mil alunos gaúchos tiveram acesso ao Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Outros 246 mil alunos foram beneficiados pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fies, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.
À noite, Edegar acompanhou Lula em um grande evento a favor da soberania do Brasil na casa de eventos Pepsi on Stage. Lula destacou que defender soberania não é só cuidar das fronteiras e das riquezas naturais, mas também garantir que as pessoas vivam com dignidade e tenham direito a emprego, salário e a comer três vezes ao dia. “Soberania é algo muito importante, mas a gente não percebe que ela está se esvaindo. Nós estamos vendo o governo brasileiro destruir o pouco do patrimônio que foi construído ao longo de quase todo o século passado e ao longo do século 21. Se o povo não tem direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar, este país não é soberano”, observou.
Lula ainda disse que a soberania que defende passa por dignidade e um país civilizado, humanista e solidário, a partir do princípio de tratar a todos com igualdade de condições. “Não quero um Estado fraco. Quero um Estado forte, que seja responsável pela educação, pela saúde, pela geração de emprego, por aumentar o salário mínimo. Que seja responsável por dar cidadania ao povo deste país. E é esse Estado que nós vamos fazer”.
Na manhã de quinta-feira (2), Lula debateu sobre mercado de trabalho com cooperativas gaúchas. Disse que o mundo digital demanda novas formas de ocupação e que é preciso aproveitar a criatividade da nova geração que entende tudo de telefone e internet. De acordo com ele, um novo governo deve investir em uma revolução de inovação. Lula também destacou as políticas implementadas pelo seu governo para a agricultura familiar. Foi a primeira vez que houve um plano safra específico para o setor, com crédito, assistência técnica e seguros, e isso se traduziu rapidamente em resultados, inclusive para as cooperativas de pequenos produtores, afirmou.
Em último evento de agenda de dois dias em Porto Alegre, Lula encontrou trabalhadores da cultura à tarde e reassumiu o compromisso de dar atenção e protagonismo ao setor num eventual novo governo. Lula afirmou que recriará o Ministério da Cultura, criará comitês culturais em todo o país e dará espaço para o setor apresentar suas demandas para as políticas públicas.
“Hoje estou convencido de que a questão cultural não é fazer favor a nenhuma categoria de artista. A questão cultural é uma necessidade política, econômica e cultural e uma questão de democracia do nosso país. Vocês não podem ser vistos como pessoas que de vez em quando vão procurar a Lei Rouanet. Isso não é favor, é obrigação do Estado brasileiro garantir que as pessoas tenham acesso à cultura”, disse, lembrando de parte do legado dos governos Lula e Dilma, como os pontos de cultura – “pequena revolução nos lugares mais longínquos do país” – e o vale cultura, destacando a importância do setor para a economia com movimentação de recursos e geração de empregos.
Edegar Pretto, que acompanhou Lula em todos os compromissos, falou da importância da presença do ex-presidente no estado. “Cumprimos com muito entusiasmo essas agendas com Lula no Rio Grande do Sul. Ele delegou a mim e ao presidente do PT, deputado Paulo Pimenta, que organizássemos a sua vinda. Estamos muito felizes em ter recepcionado Lula e pelo seu compromisso em fazer mais pelas pessoas que precisam de emprego, de oportunidades e esperança”, declarou Edegar.
Texto: Rafael Ely
Foto: Ricardo Stuckert
Com informações do site Lula Oficial