“É a maior missão da minha vida”, diz Edegar Pretto ao recordar o lançamento da sua pré-candidatura
Retrospectiva 2021: “É a maior missão da minha vida”, diz Edegar Pretto ao recordar o lançamento do seu nome como pré-candidato a governador do RS
2021 foi um ano marcado pela pandemia, pela chegada da tão esperada vacina contra a Covid e, ao mesmo tempo, pelo atraso deliberado na aquisição das doses, conforme apontou a CPI da Covid no Senado. Também foi um ano em que a população brasileira sofreu com o desemprego, a fome e a pouca ação dos governos para ajudar o país a enfrentar as crises social e econômica.
O deputado Edegar Pretto, que é pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, disse que este ano ficará marcado na vida dos brasileiros, sobretudo, pelas mais de 617 mil vidas perdidas pela pandemia. Para ele, o governo federal não levou a sério o combate ao vírus e tratou com descaso a vida das pessoas, o que resultou na maior crise sanitária da história do país.
“Foi um ano de muita dor e sofrimento, em que muitas pessoas não puderam, sequer, se despedir dos seus entes queridos. Isso é muito triste, ainda mais quando olhamos para a estimativa feita pelo epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, que diz que mais de 400 mil mortes poderiam ter sido evitadas se não fosse o atraso na compra de vacinas. Nossa bancada na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados cobrou agilidade nessa questão, mas, infelizmente, o que vimos do governo foi só descaso”, lamentou.
Em 2021, junto à crise sanitária, o país viveu o aprofundamento da crise econômica, levando a população a piores condições de vida. Como resultado, o aumento do desemprego, da miséria e da fome. De acordo com uma pesquisa da agência Austin Rating, a taxa de desemprego no Brasil é a 4ª maior entre as principais economias do mundo. Hoje, são quase 14 milhões de desempregados no país, segundo o IBGE. Como efeito da crise e a falta de apoio do poder público, só no RS, 25% dos pequenos negócios encerraram suas atividades. Pretto ressaltou que, até o momento, a ajuda dos governos foi pouca ou só ficou no discurso.
“A bancada do PT na Assembleia protocolou um projeto que prevê crédito emergencial aos pequenos negócios. Infelizmente está parado, por falta de interesse do governo e sua base aliada. O governo precisa ser parceiro e não um atrapalho desse setor e de tantos outros que são responsáveis pela economia e geração de emprego. É importante lembrar que o ex-governador Tarso Genro também governou num período de crise, mas não deixou de fazer investimentos. Isso fez a economia reagir e o PIB gaúcho crescer acima da média nacional”, recordou.
Conforme levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), atualmente 19,1 milhões de pessoas passam fome no país. “Hoje, com Bolsonaro, muitos juntam restos de comida do lixo para sobreviver. E ainda tem a alta constante no preço dos alimentos, da luz e dos combustíveis. Isso é inadimissível”, destacou Pretto.
O deputado lembrou que nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma a realidade era diferente. O país viveu a era do pleno emprego, com salário valorizado, e saiu do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele observou ainda que, com o fim do Bolsa Família e a criação do Auxílio Brasil, mais de 1,2 milhões de gaúchos ficaram sem apoio.
Abandono da Agricultura Familiar
2021 ainda foi um ano difícil para a agricultura familiar gaúcha, que além de acumular prejuízos com as últimas estiagens, também sofreu os impactos da pandemia. Na avaliação de Edegar Pretto, o setor foi esquecido pelos governos federal e estadual, o que contribuiu para a diminuição da produção diversificada de alimentos e o aumento do preço da cesta básica.
“Os pequenos agricultores são os grandes responsáveis pela produção de alimentos, mas não têm incentivos. Eles fazem a conta e percebem que se viabilizam mais economicamente arrendando o seu pequeno pedaço de terra para a monocultura do que produzindo. Os agricultores têm que ter oportunidade de escolher o que querem produzir. E o Estado tem que dar viabilidade econômica para quem produz o que é essencial à vida, que é o alimento”, comentou.
A maior missão da vida de Edegar Pretto
Em 2021, o deputado Edegar Pretto recebeu a missão de ser o pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul. A indicação do seu nome ocorreu em setembro, durante o lançamento do movimento ‘Rio Grande e presente. Para toda a sua gente’. A confirmação aconteceu em dezembro, durante a Conferência Estadual do PT. O deputado foi definido como nome que sintetiza a renovação do partido, por sua capacidade de diálogo, liderança política e compromissos com a base social.
“O PT há algum tempo trabalha a possibilidade da troca geracional. E agora chegou esse momento importante da história do partido, que deu a mim, homem que veio da roça, filho do Adão Pretto e da dona Otília, essa extraordinária tarefa de ser pré-candidato ao governo gaúcho. É a maior missão da minha vida. Eu aceitei esse desafio porque sei que não estou sozinho, e acredito que o Rio Grande pode ser melhor do que foi nos últimos anos”, revelou.
Pretto acrescentou que foi uma decisão coletiva de militantes, apoiadores, dirigentes, bancadas municipais, estadual e federal, prefeitos e movimentos populares. “Ao meu lado está a nossa militância, figuras como os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, o senador Paim e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é uma alternativa real de reconstrução do nosso país e representa a esperança de um novo Brasil. E nós vamos fazer todo o esforço possível para que tenhamos aqui no Rio Grande do Sul um palanque forte para o Lula”, adiantou.
Logo após o lançamento da sua pré-candidatura, Edegar Pretto iniciou os roteiros de interiorização, percorrendo as regiões do Médio Alto Uruguai, Alto Uruguai, Centro, Sul, Serra e Metropolitana de Porto Alegre, para dialogar com os diversos setores produtivos. A partir de agora, Pretto parte para uma segunda fase, priorizando as assembleias populares em todas as regiões. Serão debatidas propostas e realizados diagnósticos a respeito do que o partido e a sociedade consideram fundamentais para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, com foco em temas sociais, econômicos, entre outros.
“Hoje, se o meu saudoso pai Adão Pretto estivesse entre nós, certamente me diria: tenha coragem e esperança. E isso eu tenho. Por isso estamos fazendo um amplo debate pelo estado, com um olhar que passa por todos os setores. Precisamos pensar em emprego, saúde, segurança, educação e tranquilidade para as pessoas viverem. Isso é possível com um Estado presente, parceiro, com geração de oportunidades. É urgente retomarmos nosso papel de protagonista nacional, e só com diálogo poderemos formatar um programa de governo mais amplo possível, com participação, que trate de dar conta das angústias e necessidades da nossa gente”, finalizou.