Debate na Gaúcha: Edegar Pretto vai trabalhar pela igualdade econômica e geração de oportunidades
Durante o debate entre candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul na Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (16), Edegar Pretto (PT) destacou que Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) representam o mesmo projeto de Bolsonaro, e que eles são responsáveis por uma queda histórica do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho, comprometendo a geração de empregos e o crescimento da economia.
“O governador que renunciou [Leite] teve no seu governo o apoio do partido de Onyx. Eduardo Leite, quando foi candidato na última eleição, fez campanha e votou para o presidente Bolsonaro. Portanto, não tem diferença entre eles. Se as estatísticas estiverem corretas e o PIB tiver uma queda de 8%, nós teremos o pior resultado dos últimos anos de um governo de quatro anos. A economia não vai bem. Se eu tiver a honra de ser governador, nós vamos fazer pesados investimentos e desenvolver o estado de forma parelha, para que ninguém fique para trás e todos ganhem”.
A participação no debate marcou o início das atividades de campanha de Edegar Pretto ao Palácio Piratini. Ao longo do programa, o candidato também falou sobre as suas propostas para outras áreas. Em vários momentos, ele destacou que representa a retomada do projeto que já foi liderado pelos governos Olívio Dutra, atual candidato ao Senado, e Tarso Genro no estado, e também pelos presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Sobre o problema recorrente da estiagem e a necessidade de fortalecer a irrigação de lavouras, Edegar Pretto ressaltou que o RS viveu a pior seca dos últimos 70 anos e, pela primeira vez, os governos federal e estadual viraram as costas e abandonaram o setor, que tem importância extraordinária na economia e na produção de alimentos.
“Tenho um compromisso, ao lado do Lula, que é reformular o Plano Safra Gaúcho. Além disso, vamos criar um Fundo de Enfrentamentos de Intempéries e retomar programas que Tarso Genro havia colocado em prática, o Irrigando a Agricultura Familiar e o Mais Água, Mais Renda. Temos que constituir estruturas importantes. No momento que tem a água, implantar reservatórios para que, em períodos de seca, os prejuízos sejam menores para o setor agrícola. Precisamos de uma cultura de convivência com a seca, organizar nosso orçamento para isso.”
Edegar Pretto lembrou que os governos petistas sempre priorizaram a saúde e que foram os responsáveis por criar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), as farmácias populares e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Citou ainda, como exemplo, a expansão do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e do Hospital de Clínicas. Também recordou que Tarso Genro, quando governou o RS, destinou 12% do orçamento à saúde pública. Enquanto isso, o ex-governador Eduardo Leite criou o Programa Assistir, que vai retirar recursos de hospitais, especialmente na região Metropolitana de Porto Alegre, onde está concentrada cerca de 40% da população do estado.
“O nosso plano é investir na saúde e reduzir as filas de exames, de consultas, de cirurgias. Nós temos um compromisso muito sério com esse setor, para que as pessoas, quando precisarem, no momento da angústia, possam ter a mão estendida por parte do Estado”. Edegar Pretto revelou ainda que o seu governo vai estabelecer um diálogo franco e transparente com os municípios, as regiões e os trabalhadores, para identificar coletivamente as áreas defasadas e os investimentos necessários.
O candidato também falou da importância de dar atenção à educação, a exemplo do ocorrido no governo Lula, que contemplou o RS com a criação de universidades e institutos federais, programas de financiamento e milhares de bolsas de estudo. Ele lamentou que hoje o governo estadual se vanglorie de ter superávit enquanto a maioria das escolas não tem infraestrutura.
“Vamos voltar a estabelecer um diálogo respeitoso com os professores, as professoras e os servidores de escolas. Nós queremos ter uma educação que prepare os nossos jovens, que possibilite a eles concluírem o ensino fundamental e médio, entrarem numa universidade e terem oportunidades. Não podemos aceitar índices tão negativos como os que temos ultimamente. Nós somos o quarto estado em evasão escolar, especialmente no ensino médio. Nós queremos os trabalhadores da educação com autoestima e as escolas bem estruturadas.”
Edegar Pretto ainda respondeu a uma pergunta, de um jovem empreendedor da música de Santa Rosa, sobre investimentos na cultura. Ele afirmou que este é um tema de grande importância e observou que a área, além de levar alegria e esperança para as pessoas, também gera empregos. “Esse setor terá projetos e oportunidades para que todos possam, através da música ou outras artes, empreender e se desenvolver. Além disso, facilitaremos aos trabalhadores e trabalhadoras o acesso à cultura.”
No encerramento, Edegar Pretto disse que está ao lado de Lula e que, “com muito orgulho”, representa a Frente da Esperança. “Tenho como vice Pedro Ruas e como candidato ao Senado Olívio Dutra. Juntos, temos um trabalho sério, diferente dos governos que faltam com a verdade ou abandonam o estado. Conheço o Rio Grande de ponta a ponta e sei bem o potencial de cada uma das regiões. Nosso povo não pede esmola, quer oportunidades e, se eu tiver honra de ser governador, vou apresentar soluções. Podem confiar, é palavra de gaúcho.”
O debate durou cerca de duas horas e ocorreu dentro do Programa Gaúcha Atualidade, com direito a uma plateia de cinco pessoas selecionadas para representar os ouvintes. Foram convidados oito dos 11 candidatos ao Governo do Estado, os quais integram partidos políticos, federações e coligações que têm, no mínimo, cinco representantes no Congresso Nacional. A mediação foi da jornalista Andressa Xavier, com a participação da comentarista e colunista de política, Rosane de Oliveira.