Datafolha: Um em cada três brasileiros teve comida insuficiente em casa
O candidato ao governo do RS, Edegar Pretto, assinou no último domingo (31) uma carta de “palavra e compromisso” com o povo gaúcho. O ato ocorreu na convenção da Federação Brasil da Esperança. A carta aponta que a prioridade número um de Edegar Pretto – e de sua chapa – será o combate à fome e à extrema pobreza.
“Vamos liderar ações em parceria com o governo Lula e com as prefeituras para ampliação de restaurantes populares e cozinhas comunitárias que distribuirão alimentos às famílias em situação de insegurança alimentar. Apoiaremos a agricultura para produção de alimentos, ampliando sua oferta, e faremos com o Lula uma ampla política de transferência de renda, garantindo valor mínimo indispensável para a subsistência das pessoas que mais precisam”, afirma o documento.
Um em cada três brasileiros afirma que a quantidade de comida em casa nos últimos meses não foi suficiente para alimentar a família. É o que aponta pesquisa do Datafolha, contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e que ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades de forma presencial na quarta (27) e quinta-feira (28). A pesquisa está registrada no TSE com o número BR-01192/2022 e tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos.
Segundo o levantamento, o percentual de eleitores com comida menos que suficiente em casa passou de 26% em maio para 33% em julho. Outros 12% dizem que foi mais que suficiente, mesmo percentual nas duas pesquisas. Para 55%, a comida foi o suficiente – queda em relação aos 62% de maio.
O percentual dos que não possuem comida suficiente é maior entre mulheres (37%), famílias com renda de até dois salários mínimos (46%), aqueles que se declaram pretos (40%) e no Nordeste (42%).
A pesquisa também mostra que 17% dos entrevistados estão em famílias que, nos últimos meses, venderam algum bem ou objeto de valor para comprar alimentos e itens básicos de supermercado. O índice vai a 24% entre os mais pobres, 27% para famílias que recebem o Auxílio Brasil e 32% entre desempregados.
Somente na Região Metropolitana de Porto Alegre, 1,2 milhão de gaúchos e gaúchas estão em situação de extrema miséria. Segundo Edegar Pretto, é inaceitável o RS conviver com a fome, pois “tudo que se planta dá”. Para ele, é preciso apoiar e fortalecer a agricultura familiar, ampliando a produção de alimentos e gerando renda no campo. “O Estado será o maior cliente da agricultura familiar. Quem produzir alimentos terá apoio e renda”, afirma Pretto.