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Ao lado de Edegar Pretto, Lula diz que quer recuperar o direito do povo de viver dignamente

Em coletiva de imprensa em Porto Alegre, nesta sexta-feira (16), Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência da República, reforçou o seu compromisso com o combate à fome, garantindo às pessoas ao menos três refeições diárias, a exemplo do que fez anos atrás em seu governo. “Essa é uma coisa que prometi em janeiro de 2003, antes de eu tomar posse, e agora tenho dito que além da pessoa comer três vezes ao dia, ela vai ter o direito de comer um bom churrasco, como já se comeu aqui nesse país”. O ex-presidente acrescentou ainda que a causa da sua vida, neste momento, é recuperar o direito do povo brasileiro de viver dignamente.

O combate à fome também é uma pauta prioritária de Edegar Pretto, que concorre a governador pela coligação Frente da Esperança (PT, PCdoB, PV, PSOL e Rede). Ele estava presente no evento com a imprensa estadual e nacional, que ocorreu no Hotel Plaza São Rafael, um pouco antes do comício que lotou o Largo Glênio Peres, no Centro Histórico da capital.

Lula destacou que a agricultura é imprescindível para o Brasil e falou da importância de incentivar a produção de alimentos dos empreendimentos familiares, para que se tenha comida mais barata nos supermercados. “A gente vai voltar a governar e vai conviver com o agronegócio e a agricultura familiar. Todos vão produzir, porque o Brasil e o mundo precisam de todos. E nós precisamos comer melhor, comida mais saudável, sem quantidade de agrotóxicos.”

Lula também alertou que a questão climática deve estar inserida numa proposta de desenvolvimento de qualquer país, “porque já está comprovado cientificamente que o ser humano é o único animal capaz de destruir o seu próprio lugar de viver.” “A gente vai ser muito duro, não haverá mais garimpo ilegal em terra indígena. Eu vou criar o ministério dos povos originários, porque eles têm que ser tratados com respeito, porque somos nós que devemos a eles e não eles que devem a nós.”

Em relação ao Rio Grande do Sul, Lula comentou que nunca antes na história do Brasil um governo federal colocou no estado tanto dinheiro em obras de infraestrutura como o seu. Disse que os investimentos ocorreram independente dos partidos políticos que estavam à frente dos executivos estaduais, porque as necessidades do povo estavam em primeiro lugar. Acrescentou que o Brasil pode voltar a ser mais civilizado e a atender melhor às necessidades da população.

“Nós vamos recuperar e fazer esse país voltar a crescer, gerar emprego e distribuir renda. Vamos voltar a fazer universidades, a investir no ensino fundamental, na escola técnica, em ciência e tecnologia. Vamos criar o Ministério da Segurança Pública, para que a gente possa de uma vez por todas enfrentar o crime organizado e o tráfico de drogas. Vamos provar que é possível reajustar o salário mínimo todo ano, que é possível garantir o piso dos professores, dos enfermeiros e das enfermeiras.”

Sobre a dívida do RS com a União, Lula informou que, se eleito presidente, na primeira semana do seu governo vai se reunir com todos os governadores e os prefeitos, a fim de recuperar a boa relação da federação com os Estados e as prefeituras. Afirmou que os entes federados não podem ficar brigando ou serem inimigos, e que é preciso conhecer a real situação dos estados para saber o que pode ser feito.

“Nós vamos tratar isso com muita seriedade, porque o país precisa voltar à normalidade e as pessoas têm que aprender a respeitar e a conversar, têm que saber que a gente pode divergir de forma civilizada. Vou tentar recuperar a relação sadia e democrática que já existiu nesse país. Não é possível um presidente que não conversa com o governador e com o prefeito, que não conversa sequer com a ciência na época da pandemia.”

Também estiveram presentes na coletiva de imprensa a ex-presidente Dilma Rousseff, o candidato a vice-governador do RS na chapa de Edegar, o vereador Pedro Ruas; a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann; o presidente estadual do PT, deputado Paulo Pimenta, além de candidatos a deputado e a deputada estadual e federal.

Foto: Caco Argemi