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Campanha Máscara Roxa: número de farmácias com adesão dobrou em uma semana

O deputado estadual Edegar Pretto (PT) usou espaço da tribuna na sessão extraordinária virtual da Assembleia Legislativa gaúcha, nesta quinta-feira (18), para anunciar que o número de adesão de farmácias à Campanha Máscara Roxa já ultrapassou o dobro do número inicial dos estabelecimentos que aderiram à iniciativa de receber denúncias de violência contra as mulheres no Rio Grande do Sul. A campanha, lançada no dia 10 de junho, começou com 600 farmácias de uma rede, e uma semana depois já são 1.314 unidades de quatro redes envolvidas em todo o estado.


Todas as farmácias com adesão estarão com o selo “Farmácias Amigas das Mulheres”, que servirá para que as vítimas as identifiquem. Os atendentes estão recebendo capacitação online para o procedimento e para garantir a segurança da vítima. Ao chegar na farmácia a mulher deve pedir a máscara roxa, que é a senha para que o atendente saiba que se trata de um pedido de ajuda. O profissional dirá que o produto está em falta e pegará alguns dados para avisá-la quando chegar. Após, o atendente da farmácia passará à Polícia Civil as informações coletadas, via WhatsApp, para que o órgão tome as medidas necessárias.

Edegar Pretto, coordenador do Comitê Gaúcho ElesPorElas da ONU Mulheres, responsável pela campanha, lembra que qualquer farmácia pode aderir. “A campanha é para salvar vidas, pois os casos de violência contras as mulheres aumentaram no período do isolamento. Além das farmácias que já estão na campanha, outros estabelecimentos do nicho poderão participar de forma gratuita e receber o selo. O objetivo é envolver também farmácias que não fazem parte de grandes redes, mas que estão espalhadas nos municípios do estado”, explica.


A campanha tem apoio de órgãos da segurança, governo gaúcho, Judiciário e entidades vinculadas à pauta das mulheres. Ela foi motivada pelo aumento de casos de feminicídios no estado durante o período de isolamento, decorrente da pandemia do coronavírus. Ao todo, 16 mulheres foram assassinadas por questões de gênero nos meses de abril e maio, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Somente em abril, o aumento foi de 66,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.