Edegar e Zé Nunes lamentam a inércia do Governo Leite em relação a estiagem
A Comissão de Agricultura realizou, na manhã desta segunda-feira (25), reunião virtual com o objetivo de debater a situação dos poços artesianos, redes de água e o cenário do setor rural no Rio Grande do Sul em tempo de pandemia. Na oportunidade a bancada petista, representada pelos deputados Edegar Pretto e Zé Nunes, cobrou uma atitude do governador Eduardo Leite em relação à estiagem no Estado. “Leite não colocou no centro de sua ação política uma questão que está afetando drasticamente a economia, com resultados que perdurarão para mais de ano,” lamentou Zé Nunes.
O primeiro decreto de emergência por conta da estiagem ocorreu em dezembro de 2019, e daquele momento até hoje “sequer foi elaborada uma parceria com os municípios para viabilizar caminhão pipa para levar água para as famílias, por exemplo. Se dependesse do governador, o RS morreria de sede,” afirmou Zé.
Para Edegar Pretto, esta é uma das piores secas da história do Estado e “vemos que o governo do Estado está totalmente paralisado e sem ações concretas que cheguem no interior. É óbvio que estamos num momento de crise, mas o que é urgência tem que ter prioridade, como a criação de um comitê,” afirmou.
Zé Nunes lembrou que, apesar da participação do secretário da Agricultura do RS em todos os debates, não há nenhuma gestão sobre o problema da estiagem, nenhum esforço ou decisão política. “Propusemos a criação de um Comitê no centro do governo que trate da estiagem, semelhante ao que trata das políticas para o Coronavírus. Na avaliação de diversas entidades, a estiagem causará prejuízos sociais e econômicos na proporção do Coronavírus, portanto o governo precisa dar atenção, pois vive a situação mais difícil do país com a seca. Além disso, sugerimos a anistia do programa Troca-Troca de sementes para os municípios afetados pela estiagem, anistia de parcelas do FEAPPER, criação do Cartão Estiagem e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) estadual”.
Edegar lembrou que durante o governo de Tarso Genro, em 2012, houve uma estiagem no RS e a primeira coisa a ser realizada foi a montagem de um comitê “que definia politicamente as relações que pulavam justamente as burocracias que estamos vendo hoje aqui. Estamos numa reunião promovida pela Assembleia Legislativa dando a oportunidade para pessoas trocarem telefone, então isso mostra que não há organização e centralidade de ações. Até aqui os governos Eduardo Leite e Bolsonaro vão ficar na história por estarem de costas para um setor tão importante para a economia e geração de alimentos,” lamentou ele.