PL do veneno e atraso nos salários são criticadas por Edegar Pretto
Para tratar sobre o atraso nos salários dos servidores públicos do Rio Grande do Sul, que ocorre pelo 31º mês consecutivo, e a respeito do “PL do veneno”, que se refere ao pacote de mudanças na fiscalização e controle de agrotóxicos no Brasil, cuja proposta está em tramitação no Congresso Nacional, o deputado Edegar Pretto (PT) fez uma forte manifestação na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (3).
O parlamentar disse que “pagar salário não é favor, nem benevolência, é obrigação que o governo tem que ter” e considerou o projeto sobre agrotóxicos uma grande retrocesso para o país. Sobre o atraso no pagamento dos salários dos servidores gaúchos, o parlamentar do PT, que falou em nome da liderança do Partido, afirmou que gostaria, em breve, de voltar à tribuna para discutir aumento de salário e não o pagamento. Para ele, é preciso pensar políticas públicas para quem mais precisa e os servidores públicos fazem parte dessas prioridades.
Pretto criticou o Governo Sartori por não estabelecer prioridades em momento de crise favoráveis aos servidores. Disse: “Com que ânimo, com que estímulo os policiais, os professores vão querer trabalhar se no final do mês não têm o básico que são os salários sendo pagãos em dia. Se o governo não paga em dia o salário do servidor, é por uma questão de escolha”, afirmou o deputado. Projeto do Veneno Articulado pela bancada ruralista, o projeto de lei 6299/02 já foi aprovado em uma comissão especial na Câmara dos Deputados, em Brasília(DF).
A proposta altera a Lei dos Agrotóxicos e tem gerado grande polêmica e críticas de várias entidades e órgãos, entre eles, o Ministério Público Federal, Instituto do Câncer (Inca), Anvisa, Ibama, ONU e outras organizações. “O assunto é sério, pois desrespeita a vida e o meio ambiente”, protestou Pretto. O parlamentar citou ainda que, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, foi aprovada outra proposta polêmica, que é a comercialização de produtos orgânicos nos supermercados. “Fica aqui o nosso protesto. Devemos lutar para a manutenção dos produtos no mercados, pois eles significam mais saúde e menos doenças”, defendeu o parlamentar.