Lula e Edegar Pretto defendem direitos das mulheres
O ex-presidente Lula e o pré-candidato a governador do RS, Edegar Pretto, defenderam os direitos das mulheres nessa quarta-feira (8). No parlamento gaúcho, Edegar participou de ato em defesa da vida das mulheres, organizado em parceria da Assembleia Legislativa com a Procuradoria Especial da Mulher e Comitê Gaúcho Eles Por Elas. A iniciativa tem por objetivo chamar a atenção da sociedade e marca uma série de ações da Assembleia gaúcha para que sejam implementadas políticas públicas efetivas em defesa da vida das mulheres.
Edegar Pretto, coordenador do Comitê Gaúcho Eles Por Elas da ONU Mulheres, destacou a necessidade de ampliar a participação dos homens no debate e em ações pelo fim da violência contra as mulheres. Para Edegar é preciso compreender que não se trata de uma luta das mulheres contra os homens, mas sim contra a violência, e acrescentou que isso precisa ser compreendido por toda a sociedade.
“Nossa caminhada não é para substituir a luta das mulheres, porque elas estão organizadas há muito tempo. Nosso papel é trabalhar junto, porque se há violência contra as mulheres, se há machismo, isso é praticado por homens. Eles normalmente escolhem o caminho mais cômodo, de não participar, de não opinar e a sociedade segue sendo injusta e machista. Os homens não podem ficar acomodados diante de tanta violência contra as mulheres, precisamos que eles também estejam conosco nesta caminhada”, conclamou.
Como presidente da Assembleia Legislativa, em 2017, Edegar Pretto lembrou que naquele ano o parlamento estadual transformou a defesa da vida das mulheres em uma causa comum dos deputados e deputadas. Pretto ainda salientou que o trabalho não ficou restrito à Assembleia, outros poderes e instituições passaram a fazer parte do Comitê Eles Por Elas e também assumiram compromissos.
No ato, o Levante Feminista entregou à presidência da Assembleia um dossiê com levantamento dos números de feminicídios no estado. No Rio Grande do Sul, o número desse tipo de crime é maior a cada ano. Os 97 casos ocorridos em 2021 estão 21,3% acima dos números do ano anterior, que teve 80 vítimas. No mesmo período foram registrados 2.081 estupros e 17.920 casos de lesão corporal contra mulheres. De janeiro até maio de 2022, já foram 38 mulheres assassinadas no RS.
Já o ex-presidente Lula, em entrevista à rádio Itatiaia Vale do Aço, defendeu que as mulheres sejam tratadas com respeito e recebam salários iguais aos dos homens, conforme determina a Constituição. Para ele, o atual governo não entende os problemas das mulheres. “Este país precisa ser mudado. É preciso criar condições de equiparação, efetivamente, que já está na Constituição, entre mulheres e homens. As mulheres têm que ser tratadas com respeito. Nós precisamos fazer com que ela ganhe, fazendo o mesmo trabalho, igual ao homem”.
Lula lembrou que, em seu governo, as mulheres eram protagonistas de programas sociais importantes como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família. “No nosso governo, você deve estar lembrando, quando nós fizemos o Minha Casa Minha Vida, a casa era entregue para a mulher. No Bolsa Família, o dinheiro era entregue para a mulher porque nós achamos que a mulher tem muita responsabilidade e, às vezes, muito mais do que o homem”.
Texto: Rafael Ely, com informações do site lula.com.br
Foto: Rafael Stedile